Festival Aqui Acolá

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Teatro

Atlas da Boca

Atlas_da_Boca

28 de Maio | 17.00h | Jonh dos Passos
29 de Maio | 17.00h | Jonh dos Passos

Atlas da Boca é uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de interseção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política. Busca novas narrativas, explorando os verbetes que se abrem da boca para fora e que se lêem da boca para dentro. Um espetáculo em que a dança transmite um pensamento que se inscreve no corpo.

O Atlas da Boca discute sobre esse espaço simbólico, onde a boca se torna a interface entre o público e o privado, entre o erótico e o político, entre o silencio e a palavra que dura. São nessas situações que a palavra se torna identidade, afeto, fé e riso. Como bebés que descobrem o mundo colocando o mundo na boca: saber o gosto do chão, das chaves de casa e dos cabelos da mãe. Crescemos e a boca vai se tornando um lugar mais longe da mão, mais rebuscado, sóbrio e soberbo. Nessa coleção de palavras que transitam da boca para fora e da boca para dentro, Gaya de Medeiros e o Ary permitem transbordar algumas palavras numa relação muito horizontal e despretensiosa com o público.

Os artistas deixam-se levar pelas histórias que a língua inventa e rebolam em direção ao sagrado que existe no céu da boca. Como bebés passando a boca na existência e sentido alguns sabores pela primeira vez.

Esta peça de teatro foi eleita como um dos melhores espetáculos do ano pelo Expresso em 2021 e esteve recentemente em cena no teatro D. Maria II. Vem à Madeira pela primeira vez pelo Festival Aqui Acolá

Capacidade:180 Lugares sentados.

Reserva por mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. (pressupõe o levantamento do ingresso até uma hora antes)

VOLTAGEM | DESVIO x FELICIANO | Marco O Desvio

Marco_Lima

27 de Maio | 00.30h | Largo do Pelourinho

“Como encontras o teu corpo quando lhe dás a volta?”, é a questão colocada pelo intérprete Marco O Desvio, numa performance teatral em que autor assume que sua maior potência está no profundo desejo em dar-lhe a volta.

Todas as possibilidades inesgotáveis que se abrem sempre que te permites a dar-lhe a volta. Todas as fragilidades que se revelam força quando te permites a dar-lhe a volta. Todas as potências carregadas de infinito quando te permites a dar-lhe a volta. Porque sempre que chegares mais ou menos a meio (e nunca ao fim. Não há fim nesta viagem),percebes, que a volta nunca se completa.

Porque, mais ou menos a meio, no incrível espectro que é tudo aquilo que pode ser o teu corpo, percebes que não se trata de um dia o acabar, esgotar. Trata-se sim de entender que ele está sempre em transformação porque se permite a dar-lhe a volta. Porque te permites a dar-lhe a volta, ele descobre-se sempre outro porque sempre em movimento, sempre no presente. A sua maior potência está no profundo desejo em dar-lhe a volta.

VOLTAGEM | DESVIO x FELICIANO com criação e interpretação de Marco O Desvio e produção musical e operação ao vivo de Feliciano.